Estadão

Projeção do Focus de alta do PIB de 2023 passa de 0,80% para 0,78%

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira mostrou queda marginal no cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 e 2023. A mediana para a alta do PIB em 2022 passou de 3,04% para 3,03%, contra 3,05% há um mês, enquanto a estimativa para a expansão do PIB em 2023 variou de 0,80% para 0,78% ante 0,75% um mês antes.

Considerando apenas as 27 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 continuou em 3,00%. No caso de 2023, a queda da mediana foi de 0,79% para 0,65%.

Para 2024, o Relatório Focus mostrou estabilidade na perspectiva de crescimento do PIB em 1,50%. Para 2025, a mediana aumentou levemente, de 1,89% para 1,90%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,70% e 2,00%, nessa ordem.

Mesmo diante das preocupações com a postura fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o mercado financeiro manteve o cenário para o resultado primário este ano. Segundo a lei orçamentária aprovada, o déficit primário previsto para 2023 é de R$ 231,5 bilhões, mas a equipe econômica tem indicado que vai criar ações para entregar um rombo menor do que o projetado.

No Relatório de Mercado Focus, a projeção deficitária continuou em 1,20% do PIB, de 0,95% quatro semanas antes. Para 2022, a estimativa para o superávit primário também seguiu em 1,20% do PIB – há um mês, a mediana era de 1,29% do PIB.

Em relação ao resultado nominal, a mediana deficitária permaneceu em 5,20% do PIB para 2022. Para este ano, passou de 8,60% para 8,50% do PIB. Há um mês, as medianas eram negativas em 5,50% e 8,70% do PIB, nessa ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Em relação ao indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022, a mediana continuou em 57,50%, contra 57,30% um mês atrás. Para 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB também permaneceu em 61,95% do PIB, de 61,50% há um mês.

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