Após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 (2,9%), o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 6, mostrou novo avanço no cenário de crescimento econômico em 2023, ainda que marginal. A mediana para a alta do PIB em 2023 passou de 0,84% para 0,85%, contra 0,79% há um mês. Considerando apenas as 39 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023, por sua vez, cedeu de 0,90% para 0,85%.
Para 2024, o Relatório Focus mostrou estabilidade na perspectiva de crescimento do PIB em 1,50%, mesma projeção há dez semanas.
Em relação a 2025, a mediana seguiu em 1,80%, contra 1,89% de quatro semanas antes. O Focus ainda trouxe a estimativa para 2026, que está em 2,00% há 51 semanas.
<b>Déficit primário</b>
A projeção para o déficit primário em 2023 melhorou no Boletim Focus, de 1,03% para 1,00% do PIB, contra 1,10% quatro semanas antes. Para o déficit nominal este ano, a mediana continuou em 7,85% na última semana, de 8,10% do PIB há um mês.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Em relação ao indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2023, a estimativa caiu de 61,23% para 61,00% do PIB, de 61,45% há um mês.
Para 2024, a projeção para o rombo primário cedeu de 0,80% para 0,75% do PIB, enquanto o déficit nominal previsto variou de 7,20% para 7,35% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 1,00% e 7,05% do PIB, nessa ordem.
No caso da dívida, a estimativa foi mantida em 64,00% do PIB, de 64,38% quatro semanas antes.
<b>Balança comercial</b>
Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa para o superávit da balança comercial em 2023 no Boletim Focus. A projeção cedeu de US$ 57,35 bilhões para US$ 57,00 bilhões, contra US$ 57,60 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana subiu de US$ 54,50 bilhões para US$ 55,00 bilhões, de US$ 53,90 bilhões há quatro semanas.
Em relação à estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023, a mediana deficitária continuou em US$ 50,00 bilhões, de US$ 47,00 bilhões um mês atrás. Para o ano que vem, a estimativa deficitária passou de US$ 50,25 bilhões para US$ 51,50 bilhões, de US$ 50,00 bilhões há quatro semanas.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2023 permaneceu em US$ 80,00 bilhões, mesmo valor esperado há quatro semanas. Para 2024, a estimativa também foi mantida em US$ 80,00 bilhões, repetindo a mediana de um mês antes.