Estadão

Projeção do Focus de alta do PIB de 2023 passa de 0,85% para 0,89%

Após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 (2,9%) no começo do mês, o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 13, mostra novo avanço no cenário de crescimento econômico em 2023. A mediana para a alta do PIB em 2023 passou de 0,85% para 0,89%, contra 0,76% há um mês. Considerando apenas as 25 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023, por sua vez, cedeu de 0,85% para 0,80%.

Para 2024, o Relatório Focus mostrou estabilidade na perspectiva de crescimento do PIB em 1,50%, mesma projeção há 11 semanas.

Em relação a 2025, a mediana seguiu em 1,80%, contra 1,85% de quatro semanas antes. O boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que passou de 2,00% para 1,98%, após 51 semanas de estabilidade.

A projeção para o déficit primário em 2023 não teve alteração no Boletim Focus de hoje, seguindo em 1,00% do PIB, contra 1,10% quatro semanas antes. Para o déficit nominal este ano, a mediana continuou em 7,85% na última semana, de 8,00% do PIB há um mês.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Em relação ao indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2023, a estimativa seguiu em 61,00% do PIB, de 61,50% há um mês.

Para o próximo ano, a projeção para o rombo primário continuou em 0,75% do PIB, enquanto o déficit nominal previsto variou de 7,35% para 7,40% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,90% e 7,11% do PIB, nessa ordem.

No caso da dívida, a estimativa foi mantida em 64,00% do PIB, mesmo patamar de quatro semanas antes.

<b>Balança comercial</b>

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa para o superávit da balança comercial em 2023 no Boletim Focus agora divulgado. A projeção continuou em US$ 57,00 bilhões, contra US$ 57,20 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana continuou em US$ 55,00 bilhões, de US$ 56,50 bilhões há quatro semanas.

Em relação à estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023, a mediana deficitária continuou em US$ 50,00 bilhões, mesmo patamar de um mês atrás. Para o próximo ano, a estimativa deficitária seguiu em US$ 51,50 bilhões, de US$ 50,00 bilhões há quatro semanas.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2023 permaneceu em US$ 80,00 bilhões, mesmo valor esperado há quatro semanas. Para 2024, a estimativa também foi mantida em US$ 80,00 bilhões, repetindo a mediana de um mês antes.

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