O Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 27, mostrou aumento no cenário de crescimento econômico neste ano. A mediana para a alta do PIB em 2023 oscilou de 0,88% para 0,90%, contra 0,84% há um mês. Considerando apenas as 54 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023, por sua vez, aumentou de 0,93% para 0,98%.
Para 2024, o Relatório Focus mostrou mudança na perspectiva de crescimento do PIB de 1,47% para 1,40%, contra 1,50% de um mês atrás.
Em relação a 2025, a mediana subiu de 1,70% para 1,71%, contra 1,80% de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que recuou de 1,80% para 1,78%, ante 2,0% de quatro semanas antes.
De acordo com a grade de parâmetros divulgada no último dia 17 pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, a estimativa do governo para a expansão da atividade em 2023 passou de 2,10% para 1,61%.
O ministério também reduziu as projeções de crescimento da economia de 2024, de 2,50% para 2,34%. Já para 2025, o prognóstico aumentou de 2,50% para 2,76%. Para 2026, a estimativa passou de 2,2% para 2,42%.
<b>Déficit primário</b>
A projeção para o déficit primário em 2023 oscilou no Boletim Focus, de 1,01% para 1,02% do PIB, contra 1,03% quatro semanas antes. Para o déficit nominal este ano, a mediana continuou em 7,80%, de 7,85% do PIB há um mês.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Em relação ao indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2023, a estimativa passou de 60,90% para 61,00% do PIB, de 61,23% há um mês.
Para 2024, a projeção para o rombo primário seguiu de 0,80%, enquanto o déficit nominal previsto variou de 7,42% para 7,40% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,80% e 7,20% do PIB, nessa ordem.
No caso da dívida, a estimativa continuou de 64,50% do PIB, contra 64,00% de quatro semanas antes.
<b>Balança comercial</b>
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa para o superávit da balança comercial em 2023 no Boletim Focus divulgado nesta manhã. A projeção seguiu de US$ 55,00 bilhões, contra US$ 57,35 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana diminuiu de US$ 54,80 bilhões para US$ 52,44 bilhões, de US$ 54,50 bilhões há quatro semanas.
Em relação à estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023, a mediana deficitária passou de US$ 50,00 bilhões para US$ 50,40 bilhões, de US$ 50,00 bilhões há um mês atrás. Para o próximo ano, a estimativa deficitária passou de US$ 50,69 bilhões para US$ 51,39 bilhões, de US$ 50,25 bilhões há quatro semanas.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2023 permaneceu em US$ 80,00 bilhões, mesmo valor esperado há quatro semanas. Para 2024, a estimativa também foi mantida em US$ 80,00 bilhões, repetindo a mediana de um mês antes.