A expectativa para a alta do IPCA – índice de inflação oficial – em 2022 voltou a subir no Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 7, pelo Banco Central. Já as medianas para 2023 e 2024, foco da política monetária, ficaram estáveis nesta semana, acima do teto e do centro da meta para os respectivos anos.
A projeção para 2022 avançou de 5,61% para 5,63%, contra 5,71% há um mês. A previsão para 2023 continuou em 4,94% e para 2024 permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, as medianas eram de 5,00% e 3,47%, nessa ordem.
Considerando somente as 69 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 5,64% para 5,66%. Para 2023, cedeu de 4,97% para 4,94%.
As medianas na Focus para a inflação oficial em 2022 e 2023 estão acima do teto da meta para esses horizontes (de 5,0% e 4,75%, nessa ordem), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, considerando o estouro de 2021. Para 2024, a projeção do mercado está acima do alvo central de 3,00%, mas aquém do limite superior de 4,50%.
Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e de 2024. Mas o Banco Central (BC) tem dado ênfase ao horizonte seis trimestres à frente, atualmente o segundo trimestre de 2024.
Na Focus, a previsão para 2025 permaneceu em 3,00%, porcentual igual ao de 69 semanas atrás. A meta para o ano é de 3,00%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.
No Copom deste mês, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 5,8% em 2022, 4,8% em 2023 e 2,9% para 2024. O colegiado manteve a Selic em 13,75% ao ano pela segunda vez seguida.