O Banco Central (BC) promoveu ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2022. A instituição alterou, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o saldo total de crédito este ano de alta de 11,9% para elevação de 14,2%.
"Desde o Relatório de Inflação anterior, o crescimento do crédito surpreendeu mais uma vez, principalmente no segmento de pessoas físicas com recursos livres. Essa surpresa e a revisão do cenário prospectivo para a atividade econômica nos próximos meses elevaram a projeção de crescimento nominal do crédito em 2022", avaliou o BC.
Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 14,4% para elevação de 16,4%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 8,5% para 11,2%.
Já a projeção para o saldo de crédito livre – aquele que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES – passou de alta de 15,2% para elevação de 17,2%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 17,0% para alta de 19,0%. No caso das pessoas jurídicas, passou de elevação de 13,0% para avanço de 15,0%.
A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, passou de alta de 7,0% para 9,7%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi de alta de 11,0% para avanço de 13,0%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou de zero para alta de 4,0%.
<b>2023</b>
O BC também publicou pela primeira vez as estimativas para 2023. Para o crédito total, a projeção é de alta de 8,2%. Na abertura para famílias, o BC prevê aumento de 8,7%, já para empresas a estimativa é de avanço de 7,4%.
"Para 2023, o crescimento do crédito deverá continuar em desaceleração, considerando as projeções de evolução da atividade econômica para o período, que indicam moderação no crescimento do PIB", acrescentou o BC.
No crédito livre, a expectativa é de expansão de 9,6%, dividido em alta de 10,0% para pessoas físicas e avanço de 9,0% para pessoas jurídicas.
O BC ainda projeta elevação de 6,0% no crédito direcionado no ano que vem. Para as famílias, a expectativa é de aumento de 7,0% e, para empresas, avanço de 4,0%.