Os economistas do mercado financeiro reduziram levemente a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana, que oscilou de 3,87% para 3,86%, de 3,85% há um mês.
Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.
No dia 20 de outubro, porém, Haddad confirmou que não havia previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. "Até aqui, não (há previsão de publicar o decreto). Consultas estão sendo feitas pela Secretaria de Política Econômica da Fazenda. Mas nós temos tempo, e provavelmente até o final do ano nós vamos ter notícias", disse o ministro, em São Paulo.
Como mostrou o <b>Estadão Broadcast</b> na semana passada, com a chegada de mais diretores do Banco Central indicados por Lula, o decreto da meta de inflação deve ser finalmente publicado nas próximas semanas. O governo enxerga o período até o fim do recesso do Legislativo como uma "boa janela", já que, até lá, poucos devem ser os anúncios que a equipe econômica prepara para este ano. "O documento já está esboçado. É apenas uma questão de timing e, até a volta do Congresso, pode ser um bom momento", comentou uma fonte.
<b>Curto prazo</b>
Os economistas do mercado financeiro revisaram parte das expectativas de inflação de curto prazo no Relatório de Mercado Focus desta segunda-feira, 22. A mediana para janeiro de 2024 passou de 0,40% para 0,44%. Há um mês, a expectativa era de 0,37%. Para o IPCA de fevereiro, a estimativa passou de 0,65% para 0,66%, de 0,63% um mês antes. Já para março, a previsão para o indicador passou de 0,31% para 0,29%, ante 0,33% de quatro semanas atrás.