Estadão

Promotora vê homicídio culposo no tiro de Alec Baldwin em filmagem

O ator Alec Baldwin será acusado de homicídio culposo por atirar, acidentalmente, em uma diretora de fotografia no set de filmagem do faroeste Rust, informou uma promotora do Estado do Novo México nesta quinta-feira, 19.

A encarregada das armas do filme, Hannah Gutierrez-Reed – responsável pelo revólver que disparou o tiro que matou Halyna Hutchins, de 42 anos -, também será acusada, anunciou a promotora do primeiro distrito judicial daquele Estado, Mary Carmack-Altwies.

Se forem considerados culpados, ambos podem ser condenados a até 18 meses de prisão e a pagar uma multa de US$ 5.000.

"Depois de uma exaustiva análise das provas e das leis do Estado do Novo México, determinei que há evidências suficientes para apresentar acusações criminais contra Alec Baldwin e outros membros da equipe de filmagem de Rust", declarou Carmack-Altwies. "Ninguém está acima da lei, e todos merecem justiça", argumentou a promotora.

<b>Ensaio</b>

A diretora de fotografia Halyna Hutchins foi morta e o diretor Joel Souza foi ferido quando uma arma que Baldwin estava usando durante um ensaio em outubro de 2021 disparou uma bala real. O filme estava sendo produzido no Bonanza Creek Ranch, perto de Santa Fé.

O ator, que também atuou como produtor em Rust, negou a responsabilidade pelo tiro. Ele disse que foi avisado de que a arma estava "fria", um termo da indústria que significa que era segura para usar, e que ele não puxou o gatilho. Com base nisso, Baldwin processou membros da equipe por negligência.

<b>Bala real</b>

Um teste forense feito pelo FBI com o revólver que Baldwin estava usando indicou que ele "funcionava normalmente". As autoridades têm tentado determinar por quais meios uma bala real chegou ao set de filmagem.

A família de Hutchins resolveu abrir um processo de homicídio culposo contra Baldwin e outros produtores no ano passado. Pelo acordo, as filmagens devem ser retomadas este mês, com o marido de Hutchins atuando como produtor executivo.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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