Após avanços nas negociações por uma nova rodada de estímulos fiscais nos Estados Unidos, as discussões chegaram a um novo impasse, depois que o senador republicano Pat Toomey incluiu uma provisão que bloqueia mais de US$ 400 bilhões ao dispor do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para os programas emergenciais em resposta à crise provocada pelo coronavírus.
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, já anunciou o encerramento dos programas no final de dezembro, mas a linguagem de Toomey vai além, ao impedir o Fed de reiniciar os empréstimos no ano que vem.
Para os democratas, a cláusula limita a capacidade de atuação da gestão do futuro presidente, Joe Biden.
"Enquanto navegamos por uma crise econômica sem precedentes, é do interesse do povo americano manter a capacidade do Fed de responder com rapidez e força", disse o consultor econômico de Biden, Brian Deese. "Minar essa autoridade pode significar menos empréstimos para as empresas , maior desemprego e maior sofrimento econômico em todo o país", acrescentou.
Os programas do Fed em questão concederam empréstimos a pequenas e médias empresas e compraram títulos do governo estadual e local, tornando mais fácil para esses governos tomarem empréstimos, em um momento em que suas finanças estão sob pressão.
O Fed precisaria do apoio da gestão de Biden para reiniciar os programas. Indicada ao cargo de secretária do Tesouro, a ex-presidente do Fed Janet Yellen provavelmente acatará o pedido da autoridade monetária.