A primeira reunião entre a Petrobras e os dois sindicatos que representam os empregados da empresa terminou sem avanços. Os sindicatos insistem na prorrogação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020 em meio à pandemia, enquanto a estatal sugere que sejam feitas assembleias virtuais para avaliar a proposta da companhia.
A Federação Nacional do Petroleiros (FNP) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) negociaram em mesas separadas, mas igualmente rejeitaram a proposta levada pela Petrobras, alegando que em uma negociação salarial, quem apresenta a proposta é a categoria, o que seria feito no momento adequado.
Em live nesta quarta-feira, tanto FUP quanto FNP alertaram para a necessidade de mobilização da categoria, apesar da pandemia, para tentar adiar as negociações. A FUP quer voltar à mesa em novembro, enquanto a FNP quer transferir as conversas para o ano que vem.
Além dos termos do acordo coletivo, os sindicatos querem discutir a venda de ativos da estatal.
"Sem mobilização não vamos dobrar a empresa, temos que ter unidade nessa negociação e estamos chamando a FUP para lutar juntos", disse o secretário-geral da FNP, Eduardo Henrique da Costa no YouTube.
Para a FUP, a Petrobras está usando a pandemia para tirar direitos dos trabalhadores. A entidade se comprometeu a elaborar um calendário de negociações, que será apresentado junto à formalização do pedido para prorrogar o ACT deste ano por causa da pandemia.