Cidades

Protagonistas da cultura brasileira se tornam moradores eternos de Guarulhos

Ao circular pelas vias de alguns bairros de Guarulhos, não é difícil encontrar ruas com nomes de protagonistas de uma determinada época do cenário cultural musical em suas mais diversas práticas. No Jardim Paraventi e no Jardim Pinhal, localizados na região central de Guarulhos, há as ruas Elis Regina, Noel Rosa, Ary Barroso, Vinícius de Moraes e até Adoniran Barbosa. Mas qual a relação destes nomes com Guarulhos? O que Guarulhos faz para manter viva a lembrança desses astros?
 
Eles se tornaram moradores permanentes da cidade ao emprestarem seus nomes a diversas ruas. Adoniran Barbosa não teria seu reduto no Jaçanã (bairro da zona norte da Capital), onde ficou eternizado com músicas como o Trem das Onze? Sim, mas hoje ele vive para sempre numa rua do Paraventi, sem ter a preocupação com esse ou aquele horário determinado para voltar para casa, como está eternizado no "Trem das Onze", que ficou marcada na voz dos Demônios da Garoa.
 
A cantora Elis Regina, falecida em 1982, se tornou um mito da música brasileira. E o guarulhense não precisa ir muito longe para se lembrar de uma de suas maiores estrelas da música. No mesmo Paraventi de Adoniran, está a rua Elis Regina. Ao ver seu nome nas placas, vêm à lembrança as letras musicais que embalaram as décadas de 60 e 70. Falso Brilhante e Transversal do Tempo foram alguns dos inúmeros sucessos de Elis, que tinha como principal característica sua presença de palco.
 
 
Ary Barroso, autor da Aquarela Brasileira
 
Ary Barroso é outro expoente da música brasileira que também fez de Guarulhos o cenário dos cenários relicários. Independente de sua Aquarela reproduzir os feitos de cidades do norte e nordeste do país, Barroso registra sua marca e se fixa como artista na cidade. Sorte daqueles que desfrutam de seu idealismo num sonho de poder transformar o Brasil em genial como em sua mais brasileira composição.
 
Depois de vislumbrar alguns de seus ilustres habitantes, não poderíamos em hipótese alguma de deixar de falar de outro grande morador do Jardim Paraventi. Trata-se dele, Noel Rosa. Boêmio, foi no Samba que revelou sua verdadeira identidade, que por sinal emprestou seu talento artístico à MPB (Música Popular Brasileira) nas condições de compositor, bandolinista, violinista e cantor. Minha Viola e Festa no Céu foram suas primeiras obras.
 
E para celebrar esta verdadeira festa da cultura brasileira nada melhor do que convidar os amigos para que prosa e verso possam se comunicar e reinventar. E é na praça que este encontro é celebrado sob a batuta de Vinícius de Moraes. A poesia se faz presente em cada parte daquele ambiente para que seja a melhor das recepções com amor e felicidade para registrado por toda vida.
 
Porém, todas as homenagens aos artistas ficam apenas nas placas. Em nenhuma das vias batizadas com seus nomes, há qualquer referência a suas obras. Elas estão apenas nas lembranças e corações de seus moradores. 
 
 

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