Economia

Protesto de caminhoneiros atinge 10 Estados com 27 bloqueios, diz PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou nesta segunda-feira, 9, que até as 17 horas havia 47 manifestações de caminhoneiros, sendo cinco delas com interdição total da via e 22 bloqueios parciais. Os protestos ocorriam em 10 Estados: Bahia, com 4 pontos de protesto, Espírito Santo (1), Goiás (5), Minas Gerais (4), Mato Grosso do Sul (2), Pernambuco (1), Paraná (8), Rio Grande do Sul (16), Santa Catarina (5) e Tocantins (1). A PRF informou, ainda, que nos locais onde os bloqueios são parciais apenas os caminhões estão sendo retidos – ônibus, veículos de passeio e ambulâncias tinham trânsito livre.

Rio Grande do Sul

Os protestos realizados por caminhoneiros autônomos ganharam novos adeptos ao longo desta segunda-feira, primeiro dia de mobilização. No Rio Grande do Sul, o número de pontos de concentração aumentou durante a tarde para 16 – sendo 13 em rodovias federais e três em estaduais.

De acordo com a PRF e o Comando Rodoviário da Brigada Militar, os grupos que optaram por parar as atividades estão se reunindo em postos de combustíveis ou acostamentos. Veículos de passeio, motos, ambulâncias e ônibus têm a passagem liberada. Os manifestantes abordam pacificamente outros motoristas de caminhão para tentar convencê-los a parar. Aqueles caminhoneiros que levam cargas perecíveis e suprimentos para hospitais são liberados a seguir viagem.

Dentre os pontos onde ocorrem os protestos no Rio Grande do Sul estão a BR-116 (um trecho na altura de Vacaria e outro na região de Pelotas), BR-472 (Santa Rosa), BR-386 (Soledade) e RS-122 (Farroupilha).

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do porto de Rio Grande informou que, por enquanto, não houve impacto nas operações nos terminais. Como o porto fica no extremo sul do Estado, e os protestos se concentram principalmente no centro e no norte, a tendência é de que os efeitos comecem a aparecer a partir desta terça-feira.

Os protestos são organizados pelo grupo intitulado Comando Nacional do Transporte (CNT), que defende melhorias nas condições das estradas, o estabelecimento de valores mínimos para o frete e a redução do preço do diesel, além de exigir a saída da presidente Dilma Rousseff do governo. A paralisação não é reconhecida pelas principais entidades que representam a categoria dos caminhoneiros no País.

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