A sessão plenária da Câmara Municipal desta terça-feira, 04, durou apenas dois minutos, tempo este suficiente para que o presidente da Casa, Eduardo Soltur (PSD), pudesse declarar encerrada em função do número insuficiente de parlamentares presentes. No entanto, o principal motivo teria sido a manifestação áspera de Guardas Civis Municipais em plenário.
De acordo com informações apuradas pela reportagem, por conta da insegurança para realização dos trabalhos proporcionada pelo intenso manifesto dos GCMs, que ocupavam o plenário para protestar contra os gestores da Secretaria de Segurança Pública, Soltur decidiu pelo encerramento precoce da sessão plenária.
"Não estou sabendo de protesto nenhum. Eu nem vi, juro por Deus. Cheguei lá e não vi nada na Câmara", justificou Soltur sobre o protesto.No entanto, nas galerias havia pelo menos duas faixas assinadas pela Associação dos GCMs. Ele também afirmou que os trabalhos foram encerrados por falta de quórum.
Em manifesto, os profissionais de segurança pública do município exigiam a saída do secretário João Dárcio, vereador licenciado pelo PTN (Partido Trabalhista Nacional) para ocupar este cargo no Poder Executivo, e Jairo Furini, diretor da Guarda Civil Municipal. "A Associação dos Guardas Civis Municipais 'Repudia' a ditadura instalada na Secretaria de Segurança. Fora Dárcio, fora Jairo! Abaixo a repressão!".
Entre os mais diversos motivos estão o abuso de poder destes gestores citados por eles e expresados em faixas na Câmara Municipal que diziam: "Respeito aos Guardas Municipais e a Associação que os representa! Respeito a liberdade de expressão e a política!". Dessa forma os GCMs expressaram o seu descontentamento com a gestão da Pasta.