Familiares e amigos das nove vítimas da favela de Paraisópolis, mortas há exatamente um ano durante uma operação policial, realizaram um protesto nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, na zona sul da cidade, na terça-feira, 1º de dezembro. Os manifestantes cobravam da gestão João Doria (PSDB) solução para o caso.
O grupo levou flores, cartazes e balões para o ato.
O principal inquérito do caso, conduzido pela Polícia Civil, ainda não foi concluído, mas o Ministério Público Estadual já antecipou que enxerga culpa de parte dos policiais militares que atuaram no caso.
Os nove jovens foram pisoteados após a polícia atuar para dispersar o baile da DZ7 na comunidade de Paraisópolis.
Esse pancadão, na época, costumava reunir entre 3 mil e 5 mil pessoas nos fins de semana.
Os agentes dizem que perseguiam um suspeito e foram alvo de disparos.
A ação causou tumulto e levou as vítimas para duas vielas da comunidade, onde as pessoas se aglomeraram.
Testemunhas relatam truculência na ação policial, o que teria colaborado para aumentar o tumulto e dificultar a dispersão pelas ruas estreitas do local.
A principal investigação do caso é conduzida desde dezembro pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil.
Em nota enviada na segunda-feira, 30, a Secretaria da Segurança Pública informou que a apuração segue em andamento, sob sigilo, "com o cumprimento de solicitações feitas pela promotoria".
A pasta disse também que os policiais envolvidos seguem afastados do serviço operacional. Trinta e um deles haviam sido afastados pouco tempo depois da ocorrência.