Cerca de 230 mil pessoas estão sem ônibus em Aracaju (SE) desde as primeiras horas desta terça-feira, 5, devido a protestos contra a reforma da Previdência organizados pelas centrais sindicais. Os dirigentes locais não acataram a decisão das entidades, em nível nacional, que decidiram suspender o movimento temporariamente. Além dos ônibus, os bancos também estão fechados e o comércio funciona parcialmente.
A mobilização da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Sergipe começou na noite de segunda-feira, 4, quando grupos foram para as portas das garagens dos ônibus para impedir que os veículos saíssem. A estratégia deu certo, apesar de o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Aracaju (Setransp) ter conseguido uma liminar na Justiça do Trabalho estabelecendo que o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttra) garantisse pelo menos 40% da frota nas ruas, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.
Enquanto isso, bancos privados e públicos estão fechados e apenas dois caixas eletrônicos estão disponíveis para a população. A presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Ivânia Pereira, disse: “Entendemos que permanece a ameaça da votação da Previdência e que a qualquer momento o Congresso poderá ser convocado para aprovar as medidas que destruirão mais direitos da classe trabalhadora”.
Nas rodovias federais que cortam o Estado – BRs 101 e 235 – ocorreram bloqueios e diversos motoristas tiveram de seguir para Aracaju através de desvios. Algumas avenidas também foram bloqueadas por manifestantes.