No tapete vermelho do primeiro do Globo de Ouro, a primeira grande premiação de Hollywood após os escândalos sexuais que vieram à tona na indústria cinematográfica nos últimos meses, as atrizes entraram vestidas de preto e acompanhadas por ativistas. Nas entrevistas, os discursos não se resumiram a trivialidades ou à divulgação de seus trabalhos mais recentes, mas assumiram um tom mais politizado.
“O poder no trabalho leva ao abuso”, afirmou a atriz Meryl Streep, que esteve envolvida na polêmica por ser amiga de Harvey Weinstein, predador sexual que esteve no epicentro das revelações de abusos. “A gente quer melhorar e consertar isso, nos sentimos um pouco responsáveis”, completou Streep, que está em The Post, filme mais recente de Steven Spielberg que estreia no Brasil em fevereiro de 2018. A atriz estava acompanhada de Ai-jen Poo, que é fundadora de uma aliança pelos direitos dos trabalhadores domésticos. “Temos direito a um ambiente de trabalho em que sejamos valorizadas”, afirmou a ativista.