Milhares de árabes israelenses protestaram no sábado após a divulgação de um vídeo em que mostra a morte a tiros de um israelense árabe, de 22 anos, que aparentemente já estava rendido.
Os manifestantes queimaram pneus, atiraram pedras e bombas incendiárias na direção da polícia em rodovias no norte de Israel, com alguns agitando bandeiras palestinas e pedindo por uma revolta violenta contra o Estado.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou comunicado em que aparentemente apoia as retaliações policiais aos manifestantes e condena os protestos. “Israel é uma nação com lei. Nós não iremos tolerar distúrbios e tumultos. Nós vamos agir contra aqueles que atiraram pedras, bloquearam estradas e apelaram para o estabelecimento de um Estado Palestino no lugar do Estado de Israel”, disse. “Quem não honrar a lei israelense será punido com maior severidade. Eu vou instruir o ministro do interior para avaliar a revogação da cidadania de quem pedir a destruição do Estado de Israel”, falou Netanyahu.
Árabes representam cerca de 20% da população de 8 milhões de Israel. Ao contrário dos residentes palestinos da Cisjordânia e na Faixa de Gaza, eles têm direitos de cidadania, mas reclamam de serem tratados como cidadãos de segunda classe. A maioria não serve o exército, que é obrigatório para os judeus, e muitos judeus os consideram desleais por simpatizarem com os inimigos do País. Fonte: Associated Press.