O Ministério da Educação (MEC) avalia substituir a aplicação das provas, como funciona atualmente, por um novo modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A deia é iniciar o exame desde a primeira série do ensino médio até os dois anos subsequentes, totalizando, ao final dos três anos, a nota que o estudante irá disputar vagas no ensino superior.
Segundo o planejamento da pasta da Educação, o projeto deve ser executado já em 2021 e ampliado de forma gradual. O cronograma inicialmente traçado prevê a incorporação das turmas em 2022 e 2023, quando todo o ciclo regular do ensino médio estará englobado.
Escolas públicas e privadas devem passar pelo exame de modelo fragmentado. Antes, especialistas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) irão analisar a viabilidade da proposta. Caso a mudança seja aprovada, ela irá ocorrer simultaneamente com a introdução do Enem digital, anunciado no ano passado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.
O Enem nos moldes atuais continuaria existindo, mas para um público residual: quem já terminou há tempos o ensino médio e quer disputar vaga em universidades e para os estudantes que perderem uma das provas do exame seriado. Haveria, portanto, o “Enem geral” e o “Enem seriado”.
Sobre o Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar ao final da educação básica. É realizado anualmente pelo Inep, desde 1998. Tirar uma boa nota no Enem pode ser fundamental para o acesso a programas do governo como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).