Economia

Próximos dias são cruciais para preservar integridade da zona do euro, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está monitorando atentamente os fatos envolvendo a Grécia e seus vizinhos, afirmou neste domingo a diretora-geral da entidade, Christine Lagarde. No sábado, os ministros das Finanças da zona do euro decidiram deixar expirar o pacote de ajuda ao país, no fim deste mês. Com essa decisão, é quase certo que Atenas não realizará um pagamento de 1,55 bilhão de euros (US$ 1,73 bilhão) ao FMI que vence na terça-feira.

“Os próximos dias serão claramente importantes”, disse Lagarde, acrescentando que saúda a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de “fazer uso completo de todos os instrumentos disponíveis para preservar a integridade e a estabilidade da zona do euro”.

Neste domingo, o BCE afirmou que iria congelar os empréstimos emergenciais aos bancos gregos no nível atual. Isso deve provavelmente levar o governo grego a em breve impor controles de capital, para evitar uma corrida dos gregos para tirar dinheiro dos bancos.

“Essas declarações ressaltam que a zona do euro hoje está em uma posição forte para responder aos fatos de uma maneira oportuna e efetiva”, afirmou Lagarde. O FMI segue atenta aos fatos envolvendo a Grécia e seus vizinhos “e está pronto para prover assistência, se necessário”, disse ela.

Os bancos gregos são atores importantes em alguns dos sistemas financeiros vizinhos. Na Bulgária, subsidiárias do Banco Nacional da Grécia, do Alpha Bank, do Piraeus Bank e do Eurobank Ergasias controlam 22% dos ativos bancários, fatia similar à controlada pelos bancos gregos na Macedônia. Os bancos gregos também estão ativos na România, na Albânia e na Sérvia.

O FMI já disse no mês passado que está trabalhando com esses países em planos de contingência, no caso de um eventual default da Grécia. Na ocasião, o FMI disse que as subsidiárias dos bancos gregos pareciam ter liquidez adequada e não registravam grande volume de retiradas.

Lagarde também disse neste domingo que o FMI está preparado para trabalhar com a Grécia para restaurar a estabilidade econômica e o crescimento, contanto que o governo de Atenas esteja disposto a implementar cortes necessários no orçamento e reformas políticas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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