O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, indicou há pouco, em entrevista à CNN Brasil, que o candidato escolhido pelo partido para concorrer à eleição presidencial em 2022 terá a missão de apaziguar as disputas para construir uma "unidade interna" e, ao mesmo tempo, cuidar das alianças para unificar as candidaturas de centro. "O candidato vai começar a aparar as arestas, pois qualquer disputa deixa feridas abertas. Em paralelo, temos de cuidar das alianças que possam permitir a aglutinação das forcas de centro para fugir da polarização que hoje toma conta de forma irracional do debate", disse.
As prévias da legenda estão sendo realizadas neste sábado (27) desde às 8h e a previsão, segundo Araújo, é anunciar o vencedor entre 17h30 e 18h. Disputam a vaga os governadores João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. O processo de escolha do presidenciável tucano tem sido conturbado. No último domingo (21), um problema técnico no aplicativo de votação usado nas prévias obrigou a cúpula do partido a suspender a votação, provocando troca de acusações de fraude e acirrando ainda mais a disputa.
"Temos uma semana de atraso na agenda, mas que é factível de recuperação", afirmou Araújo. "Inovamos com o primeiro, mais pujante e mais democrático processo de escolha na história", acrescentou. Ele comentou que partidos como o PT de Luiz Inácio Lula da Silva, o Podemos de Sérgio Moro e o PL de Jair Bolsonaro "não têm problemas" de aplicativo porque em tais legendas a definição não é feita por prévias.