Em um evento raro na liturgia do PSDB, lideranças tucanas do Brasil inteiro desembarcarão nesta quinta-feira, 8, em Brasília para uma plenária que deve selar a posição da legenda sobre a permanência ou desembarque da gestão Michel Temer.
Pressionado pela base do partido que defende a entrega de todos os cargos no Governo Federal, o senador Tasso Jereissati (CE), presidente da sigla, ampliou o “colégio eleitoral” que se reunirá para definir a posição da legenda.
Em vez de consultar apenas a executiva, o dirigente convocou as bancadas no Congresso e todos os presidentes estaduais do PSDB. A ideia é dar um caráter institucional inquestionável ao posicionamento tucano, seja ele qual for. “Nem (a vidente) Mãe Dinah adivinharia o resultado da reunião de amanhã”, disse à reportagem o deputado federal Ricardo Tripoli (SP), líder do PSDB na Câmara.
“Independentemente do julgamento (da cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no TSE), o partido vai encaminhar esse debate amanhã. Será o dia de refletir sobre esse tema”, completou o parlamentar.
Pelo menos dois diretórios tucanos – Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul – tiraram posição em defesa do desembarque do governo. O de São Paulo caminhava para esse desfecho, mas uma concorrida plenária realizada na segunda-feira acabou sem que o tema fosse encaminhado para votação.
A permanência do PSDB na base governista é considerada pelo Palácio do Planalto determinante para evitar uma debandada geral de aliados.