Estadão

PSDB tenta replicar acordos de Garcia em aliança de Doria

Escolhido pelo governador João Doria (PSDB) como seu candidato ao Palácio dos Bandeirantes em 2022, o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) selou uma aliança com dois dos maiores partidos do Congresso, o MDB e o União Brasil (resultado da fusão DEM-PSL). Agora, o PSDB trabalha para tentar aproximar as duas siglas do palanque presidencial de Doria.

Com a perspectiva de assumir o comando da máquina paulista em abril, quando Doria deve deixar o governo para disputar o Palácio do Planalto, Garcia avançou nas articulações partidárias e deve ter um palanque mais amplo em sua campanha em São Paulo do que seu padrinho político no plano nacional, o que pode levar a situações inusitadas.

Além do União Brasil e do MDB, Garcia deve anunciar o apoio do Cidadania e tem bom trânsito no Progressistas, no Republicanos, no Solidariedade e até no Podemos.

<b>Articulações</b>

Já o cenário nacional para os tucanos é mais complexo. Doria tem dificuldades de avançar no diálogo com o MDB, que lançou a pré-candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MS); com o União Brasil, que negocia eventual aliança com Sérgio Moro (Podemos); e com PP e Republicanos, que, nacionalmente, devem apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Na mesma linha, o Solidariedade vai apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pode abrigar o agora ex-tucano Geraldo Alckmin para ser vice do petista. Já o Cidadania lançou a pré-candidatura do senador Alessandro Vieira (SE).

<b>Palanques</b>

Na prática, isso significa que os aliados de Garcia podem ter de se dividir entre os palanques de Doria, Moro, Simone Tebet, Alessandro Vieira e até de Bolsonaro ou Lula/alckmin. "Tem um leque de partidos que dialogam com o Rodrigo (Garcia) e têm précandidatos à Presidência, mas é cedo ainda para falar em convergências nacionais. Respeitamos todas as candidaturas, mas vamos trabalhar para, lá na frente, estarem todas também com o João (Doria)", disse Marco Vinholi, presidente estadual do PSDB-SP.

Para o deputado federal Junior Bozzella (SP), vice-presidente do União Brasil, o cenário político atual está invertido em relação a outras eleições. "Geralmente se define primeiro o cenário nacional e depois os regionais, mas, desta vez, se inverteu: primeiro veio a equação nos Estados", disse o parlamentar.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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