O PSOL deve confirmar neste sábado, 30, o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa eleitoral pelo Palácio do Planalto em outubro. A presença do petista foi confirmada para o encerramento da Conferência Eleitoral do partido, em São Paulo.
Um dos principais apoiadores do ex-presidente no PSOL é Guilherme Boulos, que desistiu em março de concorrer ao governo do Estado de São Paulo para abrir caminho para a candidatura de Fernando Haddad (PT). Boulos manifestou que lançará campanha para deputado federal neste ano e, em seguida, Lula confirmou que apoiará a sua candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2024.
"A política se faz com gestos. Nós temos um gesto importante para fortalecer a unidade da esquerda, dos progressistas, em São Paulo e no Brasil", disse Boulos na ocasião.
Outro fator condicionante para o apoio a Lula foi um compromisso estabelecido com o PT em abril para reverter políticas reformistas, como a revogação da reforma trabalhista e do Teto de Gastos.
Um mês antes, o PSOL formou uma federação partidária com a Rede Sustentabilidade. Os partidos acertaram que os filiados de ambas as legendas estarão liberados para apoiar candidatos diferentes a presidente.
Uma ala do PSOL, por outro lado, tentou mobilizar uma reação contrária à formação de uma federação com a Rede e elaborou uma carta com críticas a Lula. "Iludem-se redondamente os que acalentam a esperança de que Lula possa revogar os ataques recentes do capital contra o trabalho", diz o texto, que defende a candidatura do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) ao Planalto.
O apoio da Rede é disputado entre o PT e o PDT, de Ciro Gomes. A legenda decidiu liberar seus membros para endossar a pré-candidatura do ex-ministro ao Palácio do Planalto, enquanto outros nomes, como o senador Randolfe Rodrigues (AP), manifestam apoio a Lula.
Nesta quinta-feira, 28, Lula esteve em cerimônia organizada por Randolfe em Brasília. Nem a ex-ministra Marina Silva nem a ex-senadora Heloísa Helena, rompidas com o PT, estiveram no palanque.