Noticia-geral

PT defende acordo de leniência com empreiteiras e aponta risco de desemprego

Em nota divulgada nesta sexta-feira, 6, a bancada do PT na Câmara dos Deputados diz estar preocupada com a repercussão econômica e social da Operação Lava Jato. Ao defender que os acordos de leniência sejam concretizados, a bancada argumenta que obras no País poderão ser paralisadas, mais de 500 mil trabalhadores correm o risco de perder seus empregos e, além das empreiteiras envolvidas, outras 50 mil empresas ligadas ao setor serão atingidas.

“É necessário debelar a corrupção no País – tarefa que vem sendo implementada incisivamente pelos governos do PT e aliados desde 2003 – e, ao mesmo tempo, é imprescindível preservar milhares de empregos, garantir os investimentos das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida e outras obras de infraestrutura que melhoram a qualidade de vida do povo brasileiro, e defender o conhecimento e tecnologias das empresas nacionais”, destaca o texto.

Os petistas tiveram um encontro com o advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, nesta semana e saíram convencidos de que a proposta de eventual acordo de leniência entre a Controladoria-Geral da União (CGU) e as empresas arroladas na Lava Jato é a melhor solução para a crise que envolve o setor. A bancada reafirma que apoia a petição protocolada no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a representação do Ministério Público solicitando que os acordos não sejam realizados. “Entendemos que esse tipo de acordo protege a economia brasileira, a atividade econômica, a manutenção dos interesses nacionais num setor altamente competitivo no mercado mundial e, principalmente, preserva de forma coletiva os trabalhadores”, pregam os deputados.

O PT da Câmara diz que esse tipo de acordo não atrapalha as investigações em curso e não impede a responsabilização individual dos executivos envolvidos. “Cumpre ao acordo de leniência combater a corrupção quando exige o reconhecimento dos ilícitos praticados pelas empresas, a colaboração no processo de investigação, o ressarcimento integral e ágil de eventuais danos ao Erário e adoção de práticas futuras anticorrupção que as empresas têm que assumir no âmbito de suas atividades”.

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