O PT afirmou, em nota, que as operações da Polícia Federal (PF) na casa e no gabinete da deputada federal e primeira-dama do Piauí, Rejane Dias, são abuso de autoridade e perseguição política movida pelo presidente Jair Bolsonaro e aliados. Na manhã desta segunda-feira, 27, a PF deflagrou a terceira etapa da Operação Topique para investigar supostos desvios de recursos da Educação do Estado.
"A invasão das residências do governador e de seus familiares pela Polícia Federal, além da tentativa ilegal de invadir o gabinete da deputada Rejane, é uma notória operação midiática de perseguição e destruição de imagem pública", informa a nota, que é assinada pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), pelo líder do partido na Câmara, deputado Ênio Verri (PR) e pelo líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE).
Agentes da Polícia Federal cumprem 12 mandados de busca e apreensão em Teresina (PI) e em Brasília (DF). Entre os endereços-alvo estão a casa do governador do Estado, Wellington Dias, o gabinete da deputada Rejane na Câmara dos Deputados, a casa de um irmão da parlamentar e ainda a Secretaria de Educação do Piauí. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal.
De acordo com a nota, nem o governador nem a deputada são acusados de nada que justifique minimamente tais abusos. Ainda, que a secretaria de Educação do Estado sempre se colocou à disposição das autoridades e que a própria deputada Rejane, ex-secretária da pasta, "procurou em vão as autoridades para colaborar com as investigações, que não envolvem o governo do estado, mas empresas prestadoras de serviços de transporte escolar."
O partido alega que o governo de Wellington Dias não é suspeito neste caso, mas seria vítima de "atos supostamente ocorridos em gestões anteriores". Na nota, o PT diz que tomará todas as medidas possíveis para denunciar e cobrar judicialmente os responsáveis pelo "abuso de autoridade e pela odiosa perseguição política movida por Bolsonaro e seus aliados."
"O governo do PT do Piauí é reconhecido nacional e internacionalmente pelos avanços na Educação em um estado historicamente marcado pela exclusão da maioria. É exatamente neste setor que Bolsonaro e seus aliados tentam atacar o governador. E não por acaso logo depois da votação em que, contra a vontade do governo federal, a Câmara dos Deputados aprovou o novo Fundeb, essencial para os avanços da Educação no Piauí em todo o país."