Os perfis da presidente Dilma Rousseff, nas redes sociais, administrados pelo PT, vêm postando intensamente, ao longo do mês de dezembro, mensagens de divulgação da cerimônia de posse da presidente, amanhã. Os posts trazem desde vídeos a caricaturas e imagens chamando seguidores de todo o Brasil para acompanhar a #PossedaDilma – hashtag também criada para marcar as postagens nas redes. Só na última semana, foram mais de 20 posts no perfil da presidente no Facebook, inclusive com alguns temáticos para pessoas de cada Estado compartilharem, como “Eu sou alagoano e vou para a #PossedaDilma”, “Eu sou fluminense e vou para a #PossedaDilma”.
A presidente será a primeira no Brasil também a ter um aplicativo da cerimônia de posse, algo que havia sido feito pelo partido Democrata nos Estados Unidos, para a posse de Barack Obama em janeiro de 2013. O aplicativo ligado à posse da petista em seu segundo mandato chama-se “Marcha da Esperança”. Disponível para celulares e tablets com sistema android, o aplicativo traz material semelhante ao do site www.possedadilma.com.br, que fará transmissão ao vivo do evento. Embaixo da caricatura da presidente em uma animação sobre um carrinho percorrendo o percurso da cerimônia, há um descritivo das atividades previstas. Há também informações sobre apresentações artísticas que vão ocorrer, entre as quais um show de Alcione.
Segundo a assessoria do Planalto, a organização e financiamento das iniciativas são feitas pelo PT e por sua agência para mídias digitais, Pepper.
As páginas pessoais de Dilma nas redes trouxerem até contagem regressiva para o dia da posse, com post dizendo quantos dias faltavam para o evento. A campanha de marketing foi em parte replicada por dois governadores petistas eleitos. Fernando Pimentel, eleito em Minas, colocou a contagem regressiva, mas só a partir de dois dias antes da posse. Rui Costa, eleito na Bahia, criou um hashtag #PossedoRui!, copiando o mecanismo que aglutina postagens relacionadas à cerimônia.
Apesar dessas iniciativas, a mobilização das páginas entre os políticos eleitos ainda não é muito alta. Entre os 27 governadores eleitos, sete se comunicaram via perfis no Facebook para chamar as pessoas a comparecerem à posse. Dois deles o fizeram por meio de um convite formal, como o governador eleito no Espírito Santo, que postou: “O Senhor Governador eleito Paulo César Hartung Gomes (PMDB) e o Senhor César Colnago (PSDB), eleito vice-governador, têm a honra de convidar Vossa Senhoria para participar da solenidade de transmissão do cargo de Governador do Estado do Espírito Santo”. Reinaldo Azambuja (PSDB), do Mato Grosso do Sul, também adotou a linguagem formal e publicou posts de contagem regressiva quando faltavam cinco dias para a data.
Outros chefes do Executivo estadual tentaram uma linguagem mais informal, como Pedro Taques (PMDB-MT) e Flávio Dino (PCdoB-MA), que postaram vídeos chamando para os eventos em seus Estados. Dino não citou diretamente a família Sarney, que comandou o Maranhão por mais de 40 anos. O comunista, inclusive, não receberá a faixa de Roseana Sarney, que se afastou do cargo antes do fim do mandato. “Esse momento tão importante na vida política do Maranhão só é possível em razão da sua luta”, disse Dino no vídeo ao convidar os maranhenses para a celebração de amanhã em São Luís.
Taques, por sua vez, se comprometeu a “ouvir de verdade os cidadãos”, em sua gravação. O outro governador a se pronunciar nas redes para falar de sua posse foi o tucano Beto Richa, do Paraná. Por meio de post em texto, chamou os paranaenses para a cerimônia e disse estar comprometido em “trabalhar por um Paraná cada vez melhor para todos”.