Política

PT, um governo de conveniências


Que o Brasil vive uma crise de falta de governabilidade não há novidade alguma. Afinal, o PT, partido que está no poder há dez anos, se especializou em administrar o país conforme os interesses da companheirada, sempre com o objetivo final de se perpetuar no poder. Neste instante, mais uma prova de que Dilma procura governar o país para o lado que o vento bate. E qualquer administrador que se preze sabe que este é um caminho perigoso.


Vejam por exemplo toda essa falácia em torno dos descontos nas contas de energia elétrica, que serão viabilizados em meio à falta de investimentos no setor energético. O Brasil vive uma nova crise no abastecimento, depois de vários apagões que ocorreram nas mais diversas regiões do Brasil ao longo dos últimos anos. Não existe hoje um plano nacional para garantir o fornecimento de energia, sem riscos de um grande blecaute. Assim, sem qualquer planejamento, a toque de caixa, o Ministério das Minas e Energia, tentando apagar incêndios, precisa de novo recorrer às usinas termoelétricas, que têm um custo maior que as hidroelétricas.


Neste mês, em mais uma prova de que o PT governa para o PT, o novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que foi ministro de Lula e de Dilma, disse que a União pratica juros abusivos em relação aos municípios. Ora, até o ano passado, quando o PT não administrava a Capital eles não tinham essa visão, agora a coisa mudou. Da mesma forma, Dilma, tentando segurar os índices inflacionários, pediu ao seu prefeito que não reajuste as tarifas do transporte público por enquanto. Que se danem as planilhas de custos apresentadas pelas empresas. Neste caso, fica uma dúvida: quem arcará com o ônus da defasagem? O Município? A União? Felizmente, neste caso, a população – por ora – não será penalizada.


 


*Carlos Roberto de Campos é deputado federal, presidente do PSDB Guarulhos e industrial


 

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