As eleições deste ano foram marcadas por movimentos opostos dos dois partidos que costumavam protagonizar a polarização no País. Enquanto o PT – com a ida de Luiz Inácio Lula da Silva para o segundo turno – voltou a ter maioria de votos em uma corrida presidencial após oito anos, o PSDB – com a derrota de Rodrigo Garcia em São Paulo – perdeu, pela primeira vez em quase 30 anos, seu principal território.
O PT voltou a liderar em votos depois de oito anos e repetiu o desempenho eleitoral de 2000 e 2010, com Lula e Dilma Rousseff, respectivamente. Além de recolocar o partido na dianteira, a votação deste ano também foi recordista em votos angariados para a legenda. Em 2010, 47 milhões de eleitores escolheram Dilma.
<b>Republicanos</b>
Apesar do bom desempenho nacional, o PT pode enfrentar um segundo turno difícil na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. O petista Fernando Haddad chega para disputa com 1,5 milhão de votos a menos que seu adversário, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL) teve mais de 50% dos votos válidos em 182 municípios de São Paulo, totalizando 42,32% em todo o Estado.
<b>Fim da hegemonia</b>
A eleição em São Paulo foi outro marco da disputa deste ano. Candidato à reeleição, Garcia não deslanchou e viu Tarcísio e Haddad avançarem para o segundo turno da corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.
O PSDB teve mais de 50% dos votos em apenas duas cidades do Estado: Mirassolândia (51,84%) e Trabiju (56,86%) – no primeiro turno de 2018, foram 15 municípios. Na eleição passada, ainda que não tivesse maioria, o partido conseguiu segurar a vitória no segundo turno. Neste ano, no entanto, a sigla tucana recebeu apenas 18% dos votos válidos.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>