O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira, 7, que a anexação dos territórios ucranianos é uma grande conquista e que as armas nucleares de seu país servem como uma ferramenta de dissuasão na guerra que o Kremlin chama de "operação militar especial". Falando ao Conselho Presidencial de Direitos Humanos, Putin disse que a ocupação da terra é "um resultado significativo para a Rússia" e que o "Mar de Azov se tornou o mar interior da Rússia".
Instado por um membro do Conselho de Direitos Humanos a prometer que a Rússia não seria a primeira a usar armas nucleares, Putin disse que a Rússia não seria capaz de usar tais armas se prometesse não ser a primeira e depois sofresse um ataque nuclear. "Se você não os usar primeiro em nenhuma circunstância, isso significa que você não será o segundo a usá-los, porque a possibilidade de usá-los no caso de um ataque nuclear em nosso território seria severamente limitada", disse Putin.
O presidente, que repetidamente disse estar pronto para usar "todos os meios disponíveis" para proteger o território nacional, incluindo áreas anexadas da Ucrânia, rejeitou as críticas ocidentais de que tais declarações equivalem a ameaças nucleares. "Não somos loucos. Estamos plenamente conscientes do que são as armas nucleares", disse Putin. "Nós os temos e eles são mais avançados e de última geração do que os de qualquer outra potência nuclear". Ele argumentou que falar sobre o arsenal nuclear não é "um fator que provoca uma escalada de conflitos, mas um fator de dissuasão".