O presidente russo, Vladimir Putin, discutiu nesta quinta-feira medidas para reforçar a segurança na Crimeia, um dia após culpar a Ucrânia pela morte de dois soldados russos nesta península do Mar Negro. O presidente russo se reuniu com seu conselho de segurança para discutir “cenários de segurança antiterrorismo na fronteira por terra, mar e no espaço aéreo da Crimeia”, segundo comunicado do Kremlin.
Na quarta-feira, Putin emitiu uma advertência contra a Ucrânia, após o Serviço Federal de Segurança afirmar que um agente foi morto em um incêndio de um grupo de sabotadores, organizado e apoiado pela inteligência ucraniana. A agência disse que um soldado russo também foi morto em um incidente separado, quando o lado ucraniano tentava fazer uma incursão na Crimeia.
As acusações pioraram a tensão entre Kiev e Moscou, em meio a um aumento da violência no leste ucraniano, onde separatistas apoiados pela Rússia têm enfrentado as forças ucranianas há dois anos. Putin sugeriu na quarta-feira que “não havia sentido” em realizar uma reunião de ministros das Relações Exteriores de Rússia, Ucrânia, Alemanha e França proposta para setembro para discutir resolução sobre a crise.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, negou as alegações como “absurdas e cínicas” e acusou a Rússia de buscar um pretexto para realizar mais ações militares na Ucrânia. Os confrontos no leste da Ucrânia já deixaram cerca de 10 mil mortos, segundo a Organização das Nações Unidas. Fonte: Dow Jones Newswires.