Questionado sobre o envio de tropas para a região de Donbass, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pontuou não ter dito que militares russos "já irão marchar para as repúblicas" de Donetsk e Luhansk – regiões no leste ucraniano cuja independência foi reconhecida na segunda-feira, 21, pelo líder.
"Em segundo lugar, é impossível prever o cenário que se desenrolará quando as tropas forem enviadas. Isso dependerá da situação em questão lá", disse Putin, em coletiva à imprensa nesta terça-feira, 22.
Putin também afirmou que os "acordos de Minsk não existem". "Os acordos de Minsk foram destruídos bem antes do reconhecimento das repúblicas. Não por nós, não pelas repúblicas, mas pelas autoridades de Kiev", disse.
O presidente russo defendeu que sua gestão estava interessada em "resolver a situação por meios pacíficos", porém "a Ucrânia não queria implementar os acordos". "O que nós deveríamos esperar? Que as pessoas fossem torturadas e os genocidas continuassem?", questionou, em relação às alegações de que autoridades ucranianas atuam contra a população em Donbass, região com falantes russos.
Em relação à posse de armas nucleares pela Ucrânia, Putin disse ver como uma "ameaça estratégica" a possibilidade de que o país receba armamento de aliados, mesmo que não o desenvolva.