Estadão

Putin oferece ao Grupo Wagner a opção de continuar operando com mesmo comandante

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que ofereceu ao grupo paramilitar Wagner, que organizou um motim fracassado no país, a opção de continuar atuando como uma unidade única sob o mesmo comandante.

Em entrevista ao jornal <i>Kommersant</i>, o presidente da Rússia comentou sobre um evento, em Kremlin, com a presença de 35 comandantes do Wagner, incluindo o chefe do grupo, Yevgeny Prigozhin, que ocorreu no dia 29 de junho, cinco dias após a rebelião. Putin disse que conversou com eles sobre suas ações na Ucrânia, seu motim – que ele denunciou como um ato de traição em um discurso televisionado à nação – e ofereceu-lhes várias alternativas para o futuro.

Putin afirmou que uma opção seria o Wagner manter o mesmo comandante que atende pelo apelido "Sedoy" (cabelo grisalho) e liderou a organização paramilitar na Ucrânia por 16 meses. O comandante, Andrei Troshev, é um oficial militar aposentado que desempenhou um papel de liderança na Wagner desde sua criação em 2014 e enfrentou sanções da União Europeia por seu papel na Síria como diretor executivo do grupo.

O presidente russo havia dito, anteriormente, que as tropas Wagner teriam de escolher entre assinar um contrato com o Ministério da Defesa Russa, mudar para Belarus ou se aposentar.

O destino do chefe de Wagner, Yevgeny Prigozhin, permanece incerto desde a rebelião armada de 23 a 24 de junho e novas divergências surgiram nas forças armadas russas enquanto a guerra avança em seu 17º mês e a Ucrânia pressiona uma contraofensiva.

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