O presidente russo, Vladimir Putin, viaja a Pequim em meio às crescentes tensões envolvendo a Ucrânia, com objetivo de fortalecer os laços de Moscou com a China e coordenar suas políticas diante da pressão ocidental.
As conversas de Putin com o presidente chinês, Xi Jinping nesta sexta-feira, 4, marcarão a primeira reunião pessoal entre os dois desde 2019. O encontro visa consolidar um forte relacionamento pessoal que tem sido um fator-chave por trás de uma crescente parceria entre os dois ex-rivais comunistas.
Após reuniões envolvendo altos funcionários de ambos os lados, Putin e Xi se encontrarão pessoalmente antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Em um artigo para a agência de notícias chinesa <i>Xinhua</i> publicado nesta quinta-feira, 3, Putin enfatizou que Moscou e Pequim desempenham um "importante papel estabilizador" nos assuntos globais e ajudam a tornar os assuntos internacionais "mais equitativos e inclusivos".
Em uma aparente referência ao boicote diplomático aos Jogos Olímpicos pelos Estados Unidos e alguns de seus aliados, o presidente russo lamentou "as tentativas de alguns países de politizar o esporte em benefício de suas ambições".
Assessor de Relações Exteriores de Putin, Yuri Ushakov disse que a visita marcaria uma nova etapa na parceria bilateral que ele descreveu como um "fator-chave que contribui para um desenvolvimento global sustentável e ajuda a combater as atividades destrutivas de certos países".
Ushakov observou que Moscou e Pequim têm posições próximas ou idênticas na maioria das questões internacionais. Ele enfatizou particularmente que a China apoia a Rússia no atual impasse sobre a Ucrânia. Fonte: Associated Press.