Guarulhos é uma das 283 cidades paulistas que aparecem em mapeamento realizado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de São Paulo com risco alto ou muito alto de transmissão de dengue para o próximo verão em 283 cidades. O alerta está sendo feito quatro meses antes. Ou seja, não se trata de uma tragédia não anunciada. Dá tempo de sobra para promover ações sobre um assunto que já faz parte das preocupações da sociedade.
A classificação do risco foi feita com base em indicadores como a série histórica de casos de dengue, índices de infestação predial e de densidade populacional. Desta forma, a Secretaria Estadual da Saúde se adianta e chama os representantes de todos os municípios, que representam 44% das 645 cidades paulistas, para ações em conjunto.
Está em curso um Plano Estadual de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue para o período 2011-2012, que será apresentado aos municípios nesta segunda-feira. O governo promete novidades em relação ao combate realizado nos anos anteriores.
Precisa muito mais que distribuição de folhetos e cartazes para a conscientização da população. Por mais que os índices de dengue preocupem, difícil imaginar que haja ainda ignorância sobre as formas de proliferação do Aedes aegypti. Pior ainda que já foram detectados no Estado o subtipo 4 do vírus da dengue, o que aumenta o número de pessoas suscetíveis à doença, ampliando o risco de casos graves e óbitos.
Por isso esta mobilização é fundamental para que os municípios estejam preparados tanto do ponto de vista de controle do vetor quanto na adequada assistência médica aos pacientes, conforme afirma o secretário estadual Giovanni Guido Cerri, demonstrando muita seriedade em relação ao tema, aliás o que se espera de agentes públicos.
De janeiro a agosto deste ano, foram registrados no Estado 81,2 mil casos de dengue, número 56% menor que o mesmo período de 2010, quando houve 188,2 mil casos. Ou seja, dá para diminuir ainda mais. Basta que ocorram ações coordenadas.
