Ao divulgar pesquisa sobre propensão dos brasileiros a tomarem crédito em 2016, o consultor econômico da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas, afirmou que a queda na taxa básica de juros dependerá de avanços na política fiscal do governo federal.
Projetando a taxa Selic em 13,75% no fim de 2016 e em 9,75% em 2017, Tingas disse que há um espaço gradual para a queda nos juros. “A curva da redução de juros está mais lenta, se ajustando ao nível de expectativa. Tem gente que pode estar vendo uma redução menor ou uma não redução. Tudo vai depender de como andar o modelo econômico e a política fiscal.”
Levantamento divulgado pela Acrefi e pela TNS Brasil mostrou que em junho deste ano 85% dos brasileiros não estavam propensos a fazer um financiamento para 2016, enquanto que em março esse porcentual estava em 81%.
Economia
A Acrefi acredita em um crescimento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2017. “O ano que vem é o ponto de virada efetivo, com uma sinalização de curso para o centro da meta de inflação e andando a agenda econômica”, afirmou o economista, ponderando que ainda há um grau de incerteza em relação a essa previsão.
A incerteza, segundo ele, está associada ao avanço da agenda econômica do governo federal. “É um processo que está sendo observado e acompanhado”, afirmou.