As quedas nos preços internacionais do minério de ferro e do petróleo foram os principais responsáveis pela deflação de 0,21% registrada pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As commodities mais baratas provocaram um recuo de 6,22% nas atividades extrativas, que propiciaram em seguida uma redução de 2,14% no segmento de derivados de petróleo e biocombustíveis. Juntas, as duas atividades responderam por um impacto de -0,43 ponto porcentual no IPP do mês.
“A gasolina é afetada pelo preço de óleo bruto do petróleo. Existe excesso de oferta hoje de petróleo no mundo. Então cai o preço da gasolina, daí o álcool também cai de preço”, explicou Manuel Campos, analista do IPP na Coordenação de Indústria do IBGE.
A deflação no IPP em junho só não foi mais intensa porque houve pressão da valorização do dólar ante o real. A moeda americana teve alta de 2,7% em junho, calculou Campos. “A alta do dólar puxou os aumentos de preços mais elevados na porta de fábrica em junho”, confirmou o pesquisador.
Os quatro maiores aumentos no mês foram nos segmentos de papel e celulose (3,39%), fumo (2,00%), outros equipamentos de transporte (1,86%) e madeira (0,95%), todos com forte influência do câmbio.