O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criou um slogan para o enfrentamento da pandemia ao anunciar, ao lado do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, uma vacina do governo federal contra a covid-19 que, segundo eles, está em fase de teste em humanos e já com protocolo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Na época da copa do mundo, chama de pátria da chuteira. Agora é pátria de máscara", disse Queiroga, usando duas máscaras de proteção, e também acompanhado do personagem Zé Gotinha, símbolo das campanhas de imunização do Brasil há anos. "É um pedido que eu faço, usem a máscara", completou, destacando ainda que "se todos usarem máscara, temos poder de bloquear o vírus tanto quanto a vacinação".
A sinalização de empenho no combate da pandemia do primeiro escalão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acontece horas após o Instituto Butantan anunciar detalhes sobre a Butanvac, candidata a imunizante contra a covid-19 que deve ser testada em humanos a partir de abril, caso receba autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Queiroga citou o dado dito algumas vezes por Bolsonaro sobre o Brasil ser o quinto País em vacinação, mas diferentemente do presidente, lembrou que esse número é absoluto e não leva em conta o tamanho da população do País. "Em proporção, ainda não estamos vacinando como queremos", disse.
"Nos comprometemos já no começo de abril termos um milhão de doses por dia", disse. Ele afirmou o objetivo é que haja parceria com a iniciativa privada e se consiga ampliar pesquisas no Brasil. "O cenário da pandemia trouxe oportunidade de entender a importância da pesquisa clínica", disse.
Antes dele, Pontes disse que o governo investiu em 15 tecnologias diferentes desde o ano passado e que três vacinas avançaram para pré-testes. "A boa notícia é que uma dessas vacinas já tem o protocolo – na data de ontem – registrado na Anvisa", disse Pontes.
Queiroga reforçou que a agenda da ciência e tecnologia é uma agenda de Estado e uma agenda estratégica. Segundo ele, a crise sanitária foi uma oportunidade para evidenciar a importância de conduzir pesquisas clínicas no País. "Essa agenda da ciência e tecnologia é uma agenda de Estado e uma agenda estratégica", disse.