O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a defender que não é o momento de se pensar na aplicação de uma quarta dose da vacina contra covid-19. Na avaliação dele, é preciso avançar na dose de reforço e na imunização das crianças como estratégia prioritária para debelar a pandemia no Brasil.
"Antes de querer aplicar a quarta dose sem evidência científica, vamos avançar na aplicação da dose de reforço da vacina. Vamos enfrentar essa variante Ômicron e vamos vencer essa variante, como vencemos a Delta e a Gama", reiterou o titular da Saúde durante evento de vacinação de crianças contra covid em Maceió (AL), neste sábado, 12.
A posição de Queiroga é um contraponto ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que afirmou em entrevista à <b>Rádio Eldorado</b> na semana passada que o Estado vai aplicar a quarta dose, mesmo sem aval da pasta. Na ocasião, o ministro rebateu o tucano, que trava uma espécie de "guerra fria" da vacina contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Não conversei com o governador sobre isso. O governador de São Paulo e outros chefes de Executivo, seja de Estado ou de município, muitas vezes interferem no processo decisório a respeito da imunização", disse Queiroga na semana passada.
Atualmente, a orientação de aplicar uma quarta dose da vacina vale apenas para a população imunossuprimida com 18 anos ou mais. Nesta quarta, 10, o Ministério da Saúde passou a recomendar que adolescentes imunossuprimidos de 12 a 17 anos também recebam a quarta dose. O governo federal ainda estuda fazer a quarta aplicação nos idosos.