“Quem aposta na crise, como há quatro anos, vai perder de novo”. Com essa afirmação, a presidente Dilma Rousseff (PT), a mesma que semanas atrás declarou que o Brasil está 300% preparado para enfrentar a crise financeira mundial, garante que o país tem todas as condições para superar os problemas econômicos que já atingem os setores produtivos. Para ela, da mesma forma como ocorreu com a crise de 2008/2009, a partir de estímulos ao consumo e produção, geração de emprego e distribuição de renda, a situação se repetirá agora.
Em maio, segundo a Fenabrave, foram vendidos 288 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões novos no Brasil, alta de 11,53% em relação a abril. É o segundo melhor desempenho mensal do ano, atrás apenas de março, quando 300,6 mil veículos foram licenciados.Imediatamente, o resultado está sendo atribuido ao pacote de medidas anunciadas pelo governo federal na metade do mês, que incluiu a redução do IPI para os veículos automotores, em um sinal claro que o brasileiro reage positivamente toda vez que se diminui a pesada carga tributária.
Com esses resultados positivos, Dilma entende que “nessa segunda onda da crise, o País saberá enfrentar com mais sabedoria e mais instrumentos”. Ela aposta no desenvolvimento sustentável, enfatizando que a crise não pode ser argumento para interromper a preservação do meio ambiente e nem as políticas de inclusão.
Todo o discurso de Dilma se baseia na tese de que o governo federal está tomando todas as medidas necessárias, além de dispor de um arsenal de providências a serem adotadas quando for preciso. Diante de tanto otimismo, espera-se realmente que a presidente esteja correta, que o Brasil cresça e o governo mantenha suas políticas e o compromisso com a sustentabilidade. Ela entende que “a crise mundial gerada pelo excesso de ganância, pela falta de controle sobre os mercados, não seja pretexto para uma vitória do excesso, da ganância e da falta de controle sobre os recursos naturais”.