Como era de se esperar, pré-candidatos a prefeito que se posicionam efetivamente como oposição foram para a avenida Paulo Faccini protestar. O empresário Carlos Roberto (PSDB), principal nome contra o PT nas eleições de 2008 e 2012, reapareceu em um ato público. O vereador Guti (PSB) participou inclusive na organização do evento. E o deputado federal Eli Correa Filho (DEM), que busca espaços em Guarulhos, também estava presente.
Mesmo tom
Como os três têm o mesmo objetivo – interromper o ciclo do PT no poder em Guarulhos -, o clima foi amistoso. Carlos Roberto e Eli Correa Filho chegaram a caminhar juntos pela Paulo Faccini, conversando bastante. Inclusive, os dois participaram no período da tarde do ato na avenida Paulista, com o tucano discursando em um dos caminhões de som, ao lado de políticos do PSDB de São Paulo.
Quem não foi
O ato de domingo em Guarulhos mostrou quem está ao lado de quem. Quem não tem jeito para oposição ao PT, como o ex-deputado Miguel Martello (PSD) e o deputado estadual Jorge Wilson (PRB), que seguem com fortes ligações com a administração de Sebastião Almeida (PT), não deram o ar da graça. Também os secretários, que ensaiam desembarcar do primeiro escalão, ficaram longe da Paulo Faccini, casos de Wagner Freitas (PTB) e João Dárcio (PTN). Nenhum vereador, inclusive da oposição, a não ser o Guti, mostrou a cara na avenida.
Números
De forma exagerada, os organizadores da manifestação em Guarulhos apontaram 10 mil participantes. Já a PM apontou 1.500. Para bons observadores, nem um número nem outro. Talvez algo mais perto dos cinco mil. Fica evidente mais uma vez que mobilizar guarulhenses é tarefa das mais difíceis. A Paulo Faccini reúne mais pessoas da região central, salvo poucas exceções. E muita gente daqui preferiu seguir para a Paulista para engrossar o ato dos 1,5 milhão contra Dilma.
Contra-ataque
Sexta-feira, o PT promete um ato na Paulista para apoiar o governo de Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Ontem, de maneira informal, começaram as convocações aos comissionados da Prefeitura. A ordem é a mesma de sempre: “quem não for, deverá ficar de olho no próximo Diário Oficial”, numa ameaça velada de demissão dos cargos que ganharam por fazerem parte do grupo político do governo municipal..