Cidades

Quem são as donas de casa de 2014

Com dupla jornada ou dedicação total, as donas de casas são pessoas que dedicam um tempo de seu dia para executar as tarefas do lar. Neste 31 de outubro, data escolhida para comemorar o dia delas (ou seria deles também?), o Ótimo foi conferir quem são as “rainhas do Lar” de 2014.
 
Daniela Egydio Saraiva Ribeiro tem apenas 28 anos, mas se apresenta como uma dona de casa à moda antiga. E por opção. Há seis anos, ela abriu mão de um emprego em uma multinacional, quando ainda cursava uma faculdade, e decidiu se dedicar exclusivamente à família. Garante que não se arrependeu. 
 
Com tem três filhos – Íris, 6 anos, João Vítor, 3, e Miguel, 10 meses, Daniela divide algumas tarefas com o marido, como trocar as roupas das crianças, levá-las a escola, limpar a casa e preparar as refeições. As tardes são dedicadas a atividades externas com os filhos, como passeios a parques, zoológicos e museus. O caçula, como ainda não vai à escola, permanece o dia inteiro com ela. 
A dona de casa ressalta a importância da convivência com os filhos nas primeiras fases da vida. “Digo por experiência própria que as mulheres optam por ser mães e se esquecem da importância que isso tem na vida da criança”. Daniela revela que a decisão de mudar de vida foi tomada em conjunto com o marido, quando nasceu a primeira filha. “Conversamos que daríamos uma criação à moda antiga e decidimos que dividiríamos as responsabilidades”.
 
Sem desistir da faculdade
Apesar de ter se tornado dona de casa por convicção, Daniela conseguiu completar a faculdade de Gestão da Qualidade. Agora, ela espera que o caçula complete um ano para que possa iniciar um curso de pós-graduação. “Gosto de estar em contato com o mundo, com pessoas e o mercado. Não é porque estou em casa que preciso viver de novela e Discovery Kids. Você tem que ser politizado, estar inteirado do mercado financeiro e se atualizar sempre”, explica.
 
Daniela conta que sofre muitas críticas de amigos e familiares por ter feito esta escolha, mas diz não ligar. “Ser dona de casa ajuda num diferencial. Você mostra o carinho pela sua relação familiar. Claro que tem mulheres que conciliam, mas eu quis me dedicar a isso em tempo integral”, explica.
 
Sobre regressar ao mercado de trabalho, ela explica que já pensou sobre o assunto, mas tem consciência das dificuldades que poderia enfrentar. “Recém formada e fora do mercado com a economia atual, seria utópico achar que conseguiria”, encerrou.
 
Dupla jornada é mais difícil
 
Kauana Dias, 24 anos, é bancária e tem uma filha – Ana Lua – de um ano. Desde que se casou há um ano e oito meses, volta para casa todos os dias após o trabalho e tem que se dividir entre as tarefas do lar e a família. “Eu e meu marido dividimos algumas funções, ele faz o jantar e eu limpo a casa, neste meio tempo cuidamos juntos da nossa filha”.
 
A jovem dona de casa conta que sua rotina é bastante corrida. “Eu gostaria de ter um tempo para fazer outras coisas, mas pego a Ana Lua no berçário, corro para casa, arrumo as coisas dela para o outro dia, faço as minhas obrigações em casa, a coloco para dormir e o dia acabou”, explica.
 
Kauana diz que tentou conciliar a filha, o marido, a casa e a academia, mas não conseguiu. “Eu poderia deixar a bebê com a minha sogra, mas não acho que seria certo”.
 
Homem mas dono de casa
 
Separado desde 2005, Reinaldo Barbosa, de 67 anos, assumiu a casa e três filhos – Juliana, Luciana e Rafael -, que na época tinham entre 12 e 18 anos. Na ocasião, como já era aposentado, passou a dedicar todo seu tempo livre às tarefas da casa.
 
Hoje os filhos já são adultos e dividem as tarefas com ele, mas no começo, precisou se adaptar à nova rotina. Segundo Reinaldo, antes da separação já sabia fazer muitas coisas, o que facilitou sua adaptação à nova vida. “Sempre cozinhei porque gosto”, explicou.
No começo, ele conta que foi muito difícil executar algumas tarefas como lavar a roupa. “Algumas peças chegaram a rasgar e outras mancharam”, lembra. Já os filhos garantem que a especialidade do dono da casa é mesmo na cozinha, onde domina massas, culinária japonesa e bife a parmegiana.
 
Quando viaja, Reinaldo costuma deixar refeições prontas. “Eles não sabem cozinhar nada. Se eu não faço, eles passam fome”, completou. Juliana Barbosa, a primogênita, hoje com 27 anos, não tem dúvidas. “Ele é um excelente pai, muito bom em tudo o que faz, pois faz com carinho e amor”.
 

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