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Quem será a próxima vítima da Uber?

A Uber dá mais uma demonstração de que não tem preocupação alguma com a vida e a segurança das pessoas. Na ânsia de buscar mais lucros sem se importar com o bem comum, a empresa – já expulsa de Londres, na Inglaterra, por promover práticas abusivas nas relações de consumo e por não ter qualquer preocupação com a segurança dos passageiros – comete um verdadeiro crime nos Estados Unidos. 
 
Notícia divulgada nesta semana por toda a mídia mundial mostrou que a Uber foi obrigada a parar por tempo indeterminado todos os testes com carros autônomos nos Estados Unidos. Isto só aconteceu depois que um veículo da companhia matou um pedestre na cidade de Tempe, no Arizona. 
 
O veículo inteligente, mas nem tanto, atropelou uma mulher. Apesar do carro contar com um operador humano na direção, no momento do acidente estava em modo autônomo. A vítima foi resgatada e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. 
 
Este é só mais um exemplo da falta de compromisso desta empresa com a segurança dos seres humanos. Eles estão realizando um verdadeiro laboratório a céu aberto com o único objetivo de aumentar seus lucros. O problema é que em vez de ratos os testes da Uber se utilizam de pessoas. Quando não dá certo, inocentes acabam mortos, como essa pedestre americana, mais uma vítima da ganância desta empresa sem escrúpulo algum.
 
A morte da americana atropelada é só mais um caso da violência proporcionada pela falta de comprometimento desta empresa com a segurança das pessoas. No Brasil, inúmeros casos de sequestros, estupros, roubos, entre outros crimes praticados por motoristas, que se aproveitam da fragilidade do sistema de admissão de parceiros, aumentam a ficha corrida da Uber. 
 
Diante de mais uma morte violenta financiada pela Uber, é possível perceber que as mazelas praticadas por essa empresa não devem parar por aí. Afinal, graças ao poder financeiro que ela tem, ainda encontra guarida para se manter atuante, sem a necessidade de garantir a segurança dos passageiros e dos motoristas sérios que passam mais de 12 horas por dia ao volante para conseguir sobreviver e – ao mesmo tempo – garantir milionários lucros para investidores que nunca passaram perto do volante de um automóvel.
 
Edmilson Americano é presidente da Abracomtaxi (Associação Brasileira das Cooperativas de Táxi) e da Guarucoop (Cooperativa dos Taxistas do Aeroporto Internacional de Guarulhos).  
 

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