Os quenianos votam nesta terça-feira para eleger um novo presidente, após uma disputada campanha entre as principais dinastias políticas. O quadro gera o temor de violência em uma das mais dinâmicas democracias da África.
Estima-se que 20 milhões de quenianos votem em 40 mil seções eleitorais na maior economia do leste africano. A disputa é entre o atual presidente, Uhuru Kenyatta, empresário de 55 anos filho do primeiro presidente do Quênia, e Raila Odinga, de 72 anos e filho do primeiro vice-presidente do país.
Após uma campanha dura de dois meses, o assassinato de um funcionário eleitoral, a explosão de notícias falsas e preocupações com violência elevaram a tensão, enquanto pesquisas colocam os candidatos em uma disputa equilibrada. O vencedor precisa obter mais de 50% dos votos. Espera-se que o resultado final saia no mínimo na quarta-feira, mas autoridades eleitorais têm até uma semana para proclamar o vencedor.
Em um forte sinal das tensões eleitorais e da importância da votação para a democracia na África, o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, pediu a líderes quenianos que rejeitem a violência.
Autoridades eleitorais previam um alto grau de comparecimento nesta terça-feira. A maior e mais sofisticada economia do leste da África, o Quênia evitou uma desaceleração econômica que atingiu muitos vizinhos exportadores de minerais quando os preços do petróleo e do minério de ferro caíram fortemente em 2014. O Produto Interno Bruto (PIB) queniano cresceu 6% no ano passado, bem acima da média de 1,4% da África Subsaariana. Fonte: Dow Jones Newswires.