Estadão

Queremos chegar à meta de inflação de 2% o mais rápido possível, diz Boris Vujcic, do BCE

Membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Boris Vujcic, afirmou nesta quinta-feira, 24, que ainda é preciso avaliar os próximos indicadores, para se decidir qual será o pico dos juros no atual ciclo de aperto. Em entrevista à <i>Bloomberg TV</i> em Jackson Hole, onde o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) realiza seu simpósio anual, o dirigente do BCE apontou que a inflação desacelera na zona do euro, mas disse ser importante avaliar o próximo dado, inclusive seu núcleo, para ver se ela caminha para a meta de 2%.

Ele acrescentou que por quanto tempo a política monetária deverá seguir apertada é algo em aberto, mas defendeu que se leve à inflação à meta "o mais rápido possível", o que permitirá um corte nos juros mais cedo, mas não mencionou datas.

Vujcic afirmou que a política monetária do BCE está "sem dúvida em território restritivo", mas não adiantou se já estaria no pico do ciclo de aperto. A economia da região, por sua vez, desacelera, o que era de se esperar diante da alta nos juros, mas o mercado de trabalho "continua bastante resistente".

Segundo ele, é preciso ver agora se a inflação de serviços também desacelera. Para o também presidente do BC da Croácia, o quadro atual na zona do euro é de estagnação econômica, não de contração. O dirigente lembrou que a projeção do BCE é atingir sua meta de 2% em 2025, mas acrescentou que no próximo ano será possível ver com clareza se ela de fato caminha para isso.

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