Estadão

Queremos colocar o quanto antes R$ 500 milhões para crédito direto à cultura, diz Mercadante

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse que a instituição pretende colocar, "o quanto antes", R$ 500 milhões para crédito direto à cultura. Em evento voltado ao setor audiovisual, Mercadante disse também que o País precisa regular a atuação de plataformas de streaming, que, de outra forma, têm efeitos negativos na economia e no meio cultural.

"As plataformas de streaming destroem emprego e renda", disse o presidente do BNDES. "As plataformas estão mudando a economia global e precisam de regulação."

Mercadante afirmou que os países europeus já estão regulando as plataformas de streaming. "O Congresso Nacional precisa olhar o que a União Europeia fez", afirmou. "Não vamos mais ficar de fora da importância que o Brasil tem em relação às plataformas", frisou.

O executivo defendeu a "reserva de tela" – garantia de cotas de produções nacionais nas exibições. "O BNDES vai levar uma delegação à Coreia para estudar políticas de apoio ao audiovisual", contou. "As plataformas precisam contribuir com emprego e renda no Brasil."

Ainda tratando dos incentivos à produção cultural no País, Mercadante disse que o BNDES vai chamar todas as estatais e, também, entidades de do setor privado – Febraban, CNI e Fiesp, entre outros – para discutir o fomento e possíveis contribuições ao setor. "Vamos deflagrar a partir de hoje ampla aliança voltada ao audiovisual."

O presidente do BNDES estimulou as novas produtoras a se unirem para compartilhar custos e ter acesso a equipamentos sofisticados e imóveis.

Mercadante participou nesta quarta-feira (30) da abertura do Seminário BNDES do Audiovisual Brasileiro, na sede da instituição, no centro do Rio. Também presente ao evento, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, mencionou a necessidade de adoção de cotas de tela e regulação da plataformas digitais, tópicos em debate no Congresso.

O evento contou com as presenças dos atores Fernanda Montenegro e Lázaro Ramos, o cineasta Luiz Barreto; Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura; entre outros.

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