O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é importante colocar o povo mais humilde para subir um degrau na escala social do País, embora seu governo seja para todos.
"Eu quero governar o País para os empresários. Quero que eles ganhem dinheiro, porque geram emprego, salário, consumo e comércio. Quero que a economia cresça e que todo mundo cresça. Mas é importante colocar o povo mais humilde para subir um degrau na escala social, e isso só se faz com a educação", disse durante o lançamento da pedra fundamental do campus Zona Leste da Unifesp e do Campus Cidade Tiradentes, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).
Lula fez um discurso político, explorando pontos da própria biografia para se aproximar da realidade dos moradores da Zona Leste. "Eu não sou o pai dos pobres, eu não sou. Eu sou um pobre que chegou à presidência da República por causa dos pobres que me elegeram", disse. Antes, já tinha ressaltado que esse dia era muito esperado por ele, porque sabia que os moradores da Zona Leste pleiteavam, há tempos, educação de qualidade na região, da creche à universidade. Ele disse que o Brasil não pode mais ser um exportador de commodities, mas sim de inteligência.
Para Marta Suplicy, que também estava no evento, Lula disse que era um prazer estar com ela, "uma companheira que fez gestão extraordinária em São Paulo". Para ele, foi o preconceito pelo que a então prefeita fez pelos pobres que a fez perder a eleição. Lula também fez uma menção específica ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que ele foi o melhor ministro da Educação do País.
Estavam no evento o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro da Educação, Camilo Santana; o ministro das Cidades, Jader Filho; o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; e o ministro da Secretaria de Comunicação, Laercio Portela.
Em março, o Ministério da Educação anunciou R$ 3,9 bilhões para os institutos federais por meio do Novo PAC, sendo R$ 2,5 bilhões para a construção de novas unidades e R$ 1,4 bilhão para reforma e construção de outras instalações em institutos já existentes. O governo federal estima abrir 140 mil vagas com a construção das novas unidades. São, hoje, 682 unidades, com cerca de 1,5 milhão de alunos.