Com a perda registrada na produção em março, a indústria brasileira opera no mesmo patamar de fevereiro de 2020: 15 das 26 atividades investigadas se mantêm operando em nível superior ao pré-crise sanitária. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em janeiro, antes que a produção mostra recuo na comparação com o mês anterior, 17 atividades estavam em patamar superior ao pré-pandemia.
"A gente está de alguma forma mostrando um espalhamento de setores industriais que se mostram abaixo do pré-pandemia", apontou André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.
Em março, os níveis mais elevados em relação ao patamar de fevereiro de 2020 foram os registrados pelas atividades de impressão e reprodução de gravações (35,6%) e máquinas e equipamentos (17,9%).
No extremo oposto, os segmentos mais distantes do patamar de pré-pandemia são veículos (-12,5%), produtos farmacêuticos (-12,3%) e vestuário (-10,3%).
Entre as categorias de uso, a produção de bens de capital está 9% acima do nível de fevereiro de 2020, e a fabricação de bens intermediários é 4,2% superior. Os bens duráveis estão 12,1% abaixo do pré-pandemia, e os bens semiduráveis e não duráveis estão 8,6% aquém do patamar de fevereiro de 2020.
Atualmente, a produção industrial do País ainda opera 16,5% abaixo do ápice alcançado em maio de 2011.
Na categoria de bens de capital, a produção está 30,3% abaixo do pico registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 32,8% abaixo do ápice de junho de 2013. Os bens intermediários estão 12,5% aquém do auge de fevereiro de 2011, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 18,4% inferior ao pico de junho de 2013.