Estadão

Rafael Silva sonha com quarta medalha no Mundial de Judô; Marcelo Gomes é 7º

Grande esperança de mais uma medalha no Mundial de Judô do Usbequistão, o peso-pesado Rafael Silva, o Baby, entrará no dojô na madrugada de terça para quarta-feira ambicioso por subir ao pódio pela quarta vez na carreira. Atrás de pontos no ciclo olímpico para Paris-2024, ele espera brilhar mais uma vez em mundiais.

Baby tem uma prata em 2013 e dois bronzes, em 2014 e 2017 e espera repetir a dose em Tashkent. "Este Mundial é a nossa competição mais importante na temporada, pois estamos no início da caminhada olímpica e já contará pontos no ranking. Além disso, estarei em contato com todos os judocas que também estão nesta mesma trajetória até Paris", diz Baby.

"A cada ciclo olímpico aparecem novidades e com certeza os judocas que estarão em 2024 vão participar deste Mundial", prevê o brasileiro, que é o quinto cabeça de chave do torneio do Usbequistão, sem esconder a empolgação por um lugar entre os três melhores.

"A expectativa é muito boa. Consegui fazer uma boa preparação, que incluiu um training camp no Japão de três semanas, mais uma fase de treinos no Brasil e um período de aclimatação na França", revela. "Tudo isso sem contratempos ou lesões. Essa é uma temporada em que coloquei novos objetivos e estou conseguindo cumpri-los."

SEM PÓDIO
Nesta segunda-feira, o País teve quatro representantes no Mundial, mas novamente não conseguiu subir ao pódio. Quem mais se aproximou foi Marcelo Gomes (90kg), que terminou na sétima colocação. O brasileiro ganhou suas duas primeiras lutas, caiu nas quartas e na repescagem pelo bronze.

Em seu primeiro mundial sênior, Marcelo Gomes abriu a disputa superando o francês Alexis Mathieu, projetando o adversário duas vezes (waza-ari-awassete-ippon) e avançou às oitavas. Na segunda luta, um grande resultado: o brasileiro bateu o vice-campeão olímpico Eduard Trippel, da Alemanha, com um ippon em pouco mais de 20 segundos de luta.

Nas quartas, Marcelo vencia Christian Parlatti, da Itália, por waza-ari e dominava o adversário, que já tinha dois shidos. Em uma posição dividida, Parlatti conseguiu controlar a pegada e desequilibrou o brasileiro para marcar o ippon e seguir às semifinais. Na repescagem, ele foi superado por Tristani Mosakhlishvili, que é georgiano e luta pela Espanha. O adversário encaixou uma imobilização e venceu para seguir à disputa pelo bronze.

Na mesma categoria, Rafael Macedo estreou com vitória por ippon sobre o judoca da Estônia, Klen Kaljulaid, e depois foi eliminado pelo atual campeão olímpico, Lasha Bekauri, da Geórgia, nas oitavas.

MARIA PORTELA E LUANA CARVALHO SÃO ELIMINADAS
O Brasil não foi bem com suas duas representantes no feminino. Maria Portela e Luana Carvalho estavam na chave do peso médio e não foram além das oitavas. Portela estreou com vitória por ippon sobre a judoca da casa, Anastassiya Mayakova, mas se despediu na segunda luta, ao cair diante de Shiho Tanaka em luta definida nas punições após cerca de seis minutos de golden score. A japonesa impôs maior volume de ataques e desempatou o placar das punições ao seus favor (3 a 2).

Já Luana estreou diante da campeã mundial de 2019, Marie-Ève Gahié, que se impôs fisicamente e forçou três punições à brasileira. Esse foi o primeiro mundial sênior da brasileira, que ainda é da equipe júnior e foi bronze no Mundial Sub-21.

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