Faltando ainda quatro etapas para o fim da temporada 2015 da Fórmula 1, a Mercedes assegurou neste domingo o bicampeonato do Mundial de Construtores. A equipe de Lewis Hamilton e Nico Rosberg garantiu a conquista em razão da punição aplicada ao finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari. Ele perdeu seis pontos por conta da batida no compatriota Valtteri Bottas na volta final do GP da Rússia, disputado o Sochi.
Raikkonen foi punido com o acréscimo de 30 segundos em seu tempo final na prova russa. Desta forma, pulou do quinto para o oitavo lugar na classificação final. Assim, em vez de ganhar 10 pontos, terá apenas quatro na tabela do Mundial de Pilotos.
A pontuação também serve para definir as colocações no Mundial de Construtores. E, ao perder seis pontos, a Ferrari ficou com 359 pontos, distante dos 531 da Mercedes. Com esta diferença, a equipe italiana não conseguirá mais alcançar a rival nas últimas quatro corridas da temporada (EUA, México, Brasil e Abu Dabi). A Williams ocupa o terceiro lugar geral, com 220.
A disputa do Mundial de Construtores é encarada como prioridade pelas equipes da F1 porque serve de parâmetro para a premiação ao fim da temporada. A organização da Fórmula 1 não revela os valores, mas estima-se que a equipe campeã embolse uma cifra superior aos 100 milhões de euros. A Mercedes também venceu o Mundial de Construtores de 2014.
A punição a Raikkonen beneficiou os pilotos que ficaram logo atrás na classificação da corrida russa, como o brasileiro Felipe Nasr. O piloto da Sauber saiu do sétimo para o sexto lugar. O anfitrião Daniil Kvyat, da Red Bull, subiu para o quinto posto e o venezuelano Pastor Maldonado, da Lotus, virou o novo sétimo colocado da prova.
Raikkonen foi punido por prejudicar Bottas nos últimos trechos do traçado de Sochi. Na disputa pelo terceiro lugar, o finlandês da Ferrari acertou em cheio a Williams do compatriota e o tirou da prova ao tentar ultrapassá-lo na entrada da curva 4. Bottas abandonou na hora. Raikkonen ainda completou em oitavo, apesar de estar com o carro avariado.
Antes de sofrer a pena aplicada pelos comissários da prova, o piloto da Ferrari minimizou o incidente. “Eu já tinha passado ele naquela curva durante a corrida. Eu estava perseguindo ele na curva 3, não estava muito longe. E tentei fazer a ultrapassagem. Depois que você decide ir para cima, não há como voltar atrás”, comentou.
“Não vi se ele me viu ou se estava me esperando. Eu tentei passar pelo lado de dentro, mas acabamos colidindo. Para mim, isso é automobilismo. Tentei ultrapassar, mas infelizmente a manobra terminou daquele jeito”, minimizou Raikkonen.
Bottas, por sua vez, reprovou a iniciativa do compatriota. “Estou muito decepcionado. Estava em terceiro na volta final. Deveria ter ido ao pódio. Mas agora estou aqui com zero ponto”, criticou.
Para o piloto da Williams, não houve “incidente de corrida” na batida. “Não foi um incidente normal de corrida. Eu não estava vendo ele. Eu estava na frente e, de repente, alguém me acertou”, lamentou.
O finlandês da Ferrari não foi o único punido pelos comissários na Rússia. O espanhol Fernando Alonso teve cinco segundos acrescido em seu tempo final de corrida por não respeitar os limites da pista na curva 16. O piloto da McLaren caiu do 10º para o 11º lugar, saindo da zona de pontuação. O holandês Max Verstappen entrou no Top 10.
Confira a classificação atualizada do GP da Rússia:
1º – Lewis Hamilton (ING/Mercedes)
2º – Sebastian Vettel (ALE/Ferrari)
3º – Sergio Pérez (MEX/Force India)
4º – Felipe Massa (BRA/Williams)
5º – Daniil Kvyat (RUS/Red Bull)
6º – Felipe Nasr (BRA/Sauber)
7º – Pastor Maldonado (VEN/Lotus)
8º – Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari)
9º – Jenson Button (ING/McLaren)
10º – Max Verstappen (HOL/Toro Rosso)
11º – Fernando Alonso (ESP/McLaren)
12º – Valtteri Bottas (FIN/Williams)
13º – Roberto Merhi (ESP/Marussia)
14º – Will Stevens (ING/Marussia)
Não completaram:
Nico Rosberg (ALE/Mercedes)
Romain Grosjean (FRA/Lotus)
Marcus Ericsson (SUE/Sauber)
Nico Hülkenberg (ALE/Force India)
Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso)
Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull)