Enquanto no Pará, na Operação SOS, a Polícia Federal fez buscas e apreensões no gabinete do governador Helder Barbalho (MDB-PA), em São Paulo, a operação Raio X cumpre buscas em salas da Câmara dos Vereadores de São Paulo e da Secretaria de Saúde do Estado.
A Polícia Federal indicou ainda que além das ordens expedidas pelo STJ, são cumpridos mais 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca e apreensão expedidos pelos Juízos das Varas de Birigui e Penápolis, no interior de São Paulo. As atividades fazem parte da Operação Raio X, aberta pela Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público do Estado para "desmantelar grupo criminoso especializado em desviar dinheiro destinado à saúde mediante celebração de contratos de gestão entre municípios e Organizações Sociais".
Cerca de 800 policiais e 40 servidores da Promotoria participam das atividades da Raio X em dezenas de municípios do Estado de São Paulo, dentre eles Penápolis, Araçatuba, Birigui, Osasco, Carapicuíba, Ribeirão Pires, Lençóis Paulista, Agudos, Barueri, Guapiara, Vargem Grande Paulista, Santos, Sorocaba, bem como em cidades do Pará, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Das ordens de busca, 180 são cumpridas em São Paulo e 57 em outras unidades da Federação. Um dos mandados é cumprido na Câmara Municipal de São Paulo, contra o chefe de gabinete do vereador Eliseu Gabriel e primeiro secretário do PSB. Os agentes também estiveram na Secretaria de Saúde do Estado para vasculhar duas salas – a de uma médica e a de uma advogada.
Segundo a PF, os crimes sob investigação são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O governador João Doria (PSDB-SP) afirmou pelo Twitter: "não vamos tolerar que o Estado seja vítima de inescrupulosos" e informou que deu ordens para que o secretário da pasta, Jean Gorinchteyn, passe "um pente fino" nos contratos com as Organizações Sociais.